Cássio: O Think Tech está no ar, meu nome é Cássio Politi, e junto com a Algar Tech, nós vamos embarcar nessa jornada de repensar possiblidades. No episódio de hoje, a gente faz uma imersão em produtividade com uso de tecnologia. Comigo, como sempre, vem a Sara, a nossa especialista virtual em negócios aqui da Algar Tech. Sara sabe bem o que é produtividade, não é, Sara?Sara: Oi, Cássio. A produtividade diz respeito à eficiência de pessoas e empresas para concluir tarefas, o site (inint) [00:00:48] dos Estados Unidos define a produtividade como a taxa que mede quanto uma empresa ou país produz bens e serviços, a taxa é calculada com base na quantidade de insumos, como trabalho, capital ou energia necessários para produzir bens ou serviços.Cássio: Quando eu fiz MBA, mais de 15 anos atrás, um professor trouxe um ponto interessante, ele perguntou para a turma por que a Alemanha é um país mais avançado que o Brasil, aí os alunos vieram com um monte de resposta, um monte de palpite, um monte de julgamento de valores ali, também, mas o professor saiu com a resposta muito mais técnica, que dizia o seguinte, a Alemanha é mais avançada porque ela é mais produtiva que o Brasil, por exemplo, tem menos área, menos insumos, menos recursos naturais, população menor e, ainda assim, consegue ser mais rica que o Brasil. Não é um juízo de valores, é uma forma de medir quanto você investe em tempo, recursos, para produzir aquele total de bens e serviços. Vai bem ao encontro da resposta que a Sara encontrou no site que ela pesquisou. Para o bate papo de hoje, eu tenho a satisfação de receber o Lúcio Rodrigues, que é sênior regional IT manager para a Latam da Avery Dennison, que é uma empresa de ciência de materiais que provavelmente está aí perto de você agora, porque ela faz etiquetas especializadas, então, está presente em muita coisa que você usa no seu dia a dia, produto de saúde, alimento, higiene, tem até etiqueta que fica dentro do seu carro e que dura para sempre, nunca sai de lá, e tem também etiquetas inteligentes em uma nova fábrica em Vinhedo, aliás, no finalzinho, eu quero bater um papo disso com o Lúcio. Lúcio, muito bom ter você aqui, obrigado por aceitar o convite para esse bate papo de hoje.Lúcio Rodrigues: Cássio, eu que agradeço participar desse podcast tão legal que eu já acompanho faz um tempo, estou bem honrado de estar aqui, obrigado novamente pelo convite.Cássio: A honra é nossa, Lúcio, eu que agradeço, e sei que você tem um apreço especial pela Sara, a nossa inteligência artificial que bate o papo com a gente, até porque vem do seu mundo, não é, Lúcio?Lúcio Rodrigues: Exato, eu acho muito interessante essa interação que a gente pode ter com inteligência artificial, e eu estou muito curioso para ver cada vez mais isso fazendo parte do nosso dia a dia e, como sendo TI, colaborando para que isso aconteça também.Cássio: Muito bacana. Lúcio, eu queria começar a conversa falando um pouco do conceito, obviamente tem a ver com TI, mas tem a ver, também, com produtividade, que é você fazer mais com menos, acho que esse é o princípio da produtividade que sempre esteve ao nosso redor, e a indústria tem esse desafio de usar sistemas para, ao mesmo tempo, diminuir custo e aumentar a qualidade das coisas, esse é um desafio que me parece muito presente, e é uma primeira pergunta aqui para você, como a tecnologia tem ajudado nesse sentido, Lúcio?Lúcio Rodrigues: Legal. Meus amigos que estão próximos de mim, quando ouvirem esse podcast, vão dar risada, porque quando eu escuto essa expressão mais com menos, eu já começo a tremer, faz realmente parte do nosso dia a dia, já faz tempo, esse ambiente que eu atuo, de indústria, tem essa pegada mesmo, a gente tem que maximizar os ativos de IT, usar o máximo para trazer o maior valor possível para a empresa e para os nossos clientes, e a tecnologia da informação sempre ajudou nisso, a gente sempre consegue apontar onde estão os desperdícios, apontar onde a gente pode melhorar a produtividade, oportunidades de redução de custo, oportunidades de vender mais, quais são os produtos que tem mais lucratividade, tudo isso combinado gera essas oportunidades de fazer mais com menos, a gente sempre busca, também, a oportunidade de fazer mais com mais, é uma corrida entre os dois lados, porque a gente sabe também que tem questões de segurança, questões de investimentos que a gente não pode adiar, apesar de a gente não conseguir, às vezes, mostrar isso como uma coisa que tem um retorno imediato, isso são coisas que são super importantes, isso é o fazer mais com mais, e também o mais com menos, tudo isso combinado é o ambiente que a gente trabalha.Cássio: E isso tem muito a ver, Lúcio, com o princípio que a gente adora abordar aqui no podcast, é um lema do podcast, que é tecnologia como meio e não como fim, porque a tecnologia tem, entre outras finalidades, essa aí de você fazer mais com menos. Na prática, como isso acontece, Lúcio? Você traz a tecnologia com esse sentido ou essa produtividade é uma consequência do bom uso da tecnologia?Lúcio Rodrigues: Teve uma época bem distante que a gente podia se dar ao luxo de implantar a tecnologia só pela tecnologia, comprar um equipamento porque ele era mais rápido, comprar um sistema porque era o que todo mundo estava falando, agora, eu acho que essa questão do business vir primeiro é super importante e super relevante, aqui na Avery Dennison, várias das iniciativas que são consideradas de IT na verdade são iniciativas do business, uma implantação de RP, um projeto de inovação, um projeto de transformação digital, normalmente, IT lidera junto com business, não é uma decisão só de IT, a gente não compra uma tecnologia só por conta da tecnologia, tem um business case muito forte por trás, tem pessoas do negócio muito fortes suportando e validando os projetos que a gente considera que são importantes de TI. Na prática, é isso, envolvimento do business desde o pontapé inicial, do business case, até a implantação, uma participação, uma parceria, muito forte.Cássio: Parece que é um mantra, Lúcio, pelo que você está dizendo, vocês já adotam, digamos, como cultura da Avery, talvez, trabalhar a tecnologia como meio e não como fim, é parte da cultura?Lúcio Rodrigues: É parte da cultura, sim. Todos os projetos tem esse viés de ter um business case, pensar no cliente, o que o cliente realmente… qual é o (pain point) [00:07:38], o que a gente vai trazer de valor para o cliente, o que a gente vai trazer de valor para o acionista, o que faz sentido dentre várias iniciativas que a gente pode fazer, como a gente prioriza as iniciativas pensando mais nos clientes e pensando mais no business case que isso vai trazer, isso realmente é um mantra da nossa empresa.Cássio: E como isso acontece, na prática, de produção de etiqueta? Por que um leigo vai imaginar, etiqueta é um negócio simples de fazer, não se dá conta do volume e de que não é só um papelzinho costurado lá com qualquer informação aleatória escrita. No dia a dia de vocês, como vocês aplicam a tecnologia e qual é o output disso?Lúcio Rodrigues: Eu vou me embananar nos números, mas o volume é gigante, dá para girar várias vezes o mundo, a quantidade de etiquetas, rolos de etiquetas, que a gente faz na nossa empresa em Vinhedo, a quantidade é absurda, se a gente for pensar, vários produtos a gente precisa de uma etiqueta para identificar, para deixar o produto mais bonito, etiquetas para deixar o produto com a informação que precisa. E no nosso dia a dia de Ti, a gente está buscando as oportunidades de diferenciação dos concorrentes, como a gente se posiciona no mercado, TI tem bastante questão de compliance, não ter nenhum tipo de problema de compliance, a nossa região é a América Latina, então a gente tem os países mais complexos para a gente atender às legislações, apesar dos sistemas serem globais, os provedores do sistema serem globais, a gente é uma empresa muito globalizada, a gente sempre tem uma adaptação importante para ser feita aqui na América Latina, e os sistemas estão aí buscando a melhor produtividade, a melhor maneira de reduzir custos, sim, de trazer diferenciação e entregar serviço, como a gente pode se diferenciar em serviço, como a gente traz a informação que o cliente quer, que ele precisa, e como a gente pode entregar o nosso material de forma mais rápida.Lúcio Rodrigues: E, Lúcio, eu imagino que no contexto disso, vem um conceito quase natural, quase óbvio, para empresas inovadoras, claro, que é a transformação digital, não consigo imaginar empresas inovadoras que não estejam com uma pauta bem forte em relação à transformação digital. No caso da indústria de vocês, em que direção a indústria vem se mexendo quando a gente fala de transformação digital?Lúcio Rodrigues: A gente tem o desafio muito claro de transformar nossa empresa digitalmente, inclusive os nossos produtos. A gente pensa na etiqueta como sendo algo físico, uma coisa que está lá no supermercado, ou que está na cadeia de suprimentos das empresas, mas a gente também está pensando na próxima geração das etiquetas. Na visão da Avery, todo produto vai ter uma identidade, e essa identidade vai ser proporcionada por uma etiqueta, e essa etiqueta, dentro desse produto, vai se comunicar com os diferentes players do mercado. Por exemplo, se eu tenho um tênis, eu tenho uma etiqueta dentro desse tênis, esse tênis, passeando por aqui, por ali, sofrendo os desgastes, tudo isso sendo monitorado com uma etiqueta da Avery em uma plataforma in cloud, e se você estiver procurando algum produto específico, você vai poder saber onde está esse produto mais perto de você, é uma plataforma que chama atma.io, uma solução nossa de mercado, em que a gente tem um inventário desses produtos, cada um com a sua etiqueta, cada um com a sua particularidade, espalhado em vários lugares do mundo, e a gente pode saber onde estão esses produtos, e se relacionar com esses produtos, se for um produto orgânico, por exemplo, a gente pode saber desde quando nasceu aquele produto orgânico, toda a história dele, quais são as variações de temperatura que ele sofreu nessa história dele, e onde ele está agora, perto de você, isso você vai poder fazer, por exemplo, com essa nova geração de etiquetas que a gente tem.Cássio: Interessante. E a gente estava conversando, você falou de pilares da transformação digital, eu lembro que aquilo me marcou porque é um jeito fácil e organizado de trabalhar a transformação digital, de você pensar a transformação digital em um ambiente complexo como é uma indústria como a sua. Como você pensa nesses pilares? Quais seriam os pilares e como você trabalha com eles?Lúcio Rodrigues: Legal. Como eu falei, a presença do business é muito importante, essa é uma iniciativa que não é de TI, é uma iniciativa do business, e a gente se dividiu em pilares, tem um pilar de customer experience, e tem as pessoas que estão pensando quais são os (pain points) [00:12:51], o que o cliente está precisando, qual a próxima geração de produtos que os clientes estão precisando, como a gente vai interagir com esses clientes de forma digital no futuro, tem os produtos, o pilar de produtos, pessoas pensando nas novas tecnologias, como a gente vai desenvolver as novas etiquetas, como a gente vai posicionar essas novas etiquetas, qual vai ser a aplicação dessas novas etiquetas, aqui entra a questão de sustentabilidade, aqui entra a questão da sociedade, como esses produtos da Avery vão interagir no mundo do futuro que a gente está pensando, e transformação digital ajudando. Depois tem o factory experience, que tem tudo a ver com fábrica, entra Internet of Things, a indústria 4.0, toda a parte de hiperautomação, tudo isso está sendo pensado nesse pilar, e o employee experience, e aqui entra toda a parte de como nós, nos empregados, nos relacionamos com os processos, como a gente deixa de fazer trabalho manual e passa a fazer trabalho mais inteligente, como a gente entra nesse mundo de transformação digital, os treinamentos, como a gente se prepara para ter essa interação no futuro que a gente está desenhando para a gente e para a sociedade mais inteligente do futuro.Cássio: Você falando assim fica mais fácil até estudar um pouco a transformação digital, já andei fazendo uns cursos. É legal que você vai colocando cada um desses pilares, desses elementos da transformação digital, IoT, você falou, que é a Internet das Coisas, manufatura aditiva, dá para encaixar cada um deles em um desses pilares que você trouxe. Agora, e os dados, Lúcio? Que papel eles desenvolvem? Porque é uma era em que qualquer conversa que a gente vai ter de tecnologia, nos leva a dados, acho que a maioria, pelo menos, delas, você vai acabar caindo em dados. Os dados permeiam como esses pilares, e em que proporção?Lúcio Rodrigues: A gente está muito preocupado com essa geração de dados, é um dos nossos projetos agora, é uma implantação de um RP global, realmente global, in cloud, esse projeto a gente está desenhando de forma… com todas as regiões participando, justamente para a gente ter uma qualidade na informação do final, não apenas pensar o que a América Latina precisa, o que a Ásia, o Pacífico, precisam, a gente está pensando já em uma maneira do que a Avery precisa, quais são os dados que a gente vai precisar no futuro para, justamente, criar as próximas soluções, para ter os insights, para ter as comparações, para a gente poder ter uma reposta de nos comparar, também, com a concorrência, com outros movimentos que estão acontecendo, com as mega tendências de futuro, a gente está pensando agora, esse projeto de troca de RP é uma das grandes iniciativas no sentido de gerar dados de qualidade e dados que vão poder ser consolidados porque já estão sendo pensados de forma global.Cássio: As startups estão muito presentes, hoje, em diversas indústrias, tem lugar que a gente imaginava que elas não fossem chegar, quando você olha, de repente, elas estão lá, claro que, muitas vezes, por meio de parceria ou até de patrocínio das grandes empresas, quando não as grandes empresas criando as suas startups para trazer uma contribuição, eu fico tentando imaginar como isso acontece nessa indústria de vocês, tão segmentada e tão específica, as startups estão nela, desenvolvem algum papel nela, Lúcio?Lúcio Rodrigues: Ainda não, Cássio, a gente tem essa questão das startups, a gente está começando a olhar essa… começando a tentar fazer essa aproximação com as startups, mas é uma coisa que ainda não está madura dentro da Avery, a gente está buscando, a gente está pensando isso, faz parte de uma das iniciativas nossas, mas, nesse momento, ainda não é uma coisa que seja relevante nesse momento, apesar de a gente estar buscando isso, entender que isso é uma coisa que vai trazer uma agilidade grande para a gente.Cássio: E você citou muito rapidamente o treinamento das pessoas, o treinamento interno do time de vocês, muito relacionado à transformação digital. O treinamento permeia que percentual das horas? Eu sei que você não vai ter esse percentual na ponta da língua, e é uma pergunta meio ingrata, mas onde eu quero chegar, quando a gente fala de transformação digital, a gente está falando com determinadas áreas específicas na hora de treinar? Ou isso entra na empresa de uma maneira mais geral, mais completa, do tipo vamos treinar não só quem está na fábrica, mas treinar áreas de suporte, RH, financeiro, para dar certo, o quanto permeia e o quanto você tem que treinar áreas que não estão diretamente relacionadas à inovação?Lúcio Rodrigues: A gente tem várias oportunidades de treinamento aqui na Avery, a gente assina várias plataformas de treinamento online, tem muita sinergia com os times globais, muito lesson learned de coisas que já estão funcionando em outras regiões que a gente trás para cá. A questão específica de transformação digital é um treinamento aberto para qualquer área, não está fechado dentro de IT, e tem uma parceria com a Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, que é um programa muito forte, e a ideia desse programa é convidar os líderes para participar, não só de TI, várias áreas já estão participando desse treinamento.Cássio: Interessante. Lúcio, queria que você me matasse uma curiosidade de algo que você citou no meio da conversa, eu citei na abertura e você citou muito rapidamente, que são as etiquetas inteligentes. Como elas funcionam? É pergunta de um leigo que gosta, adora tecnologia. O que é uma etiqueta inteligente, para que ela serve, como ela é feita?Lúcio Rodrigues: Existem vários modelos de etiqueta inteligente, o modelo mais simples que já traz para a gente bastante aplicação, são as etiquetas de RFID, que é uma etiqueta que tem um armazenamento limitado, ela tem um número dentro, e essa etiqueta, você consegue, com uma antena, interagir com essa etiqueta, você sabe onde está aquela etiqueta e o que ela representa, ela representa algum material seu, ela representa alguma peça dentro do seu carro, ela representa um produto seu que tem uma característica específica. Então, com essa combinação de etiqueta com essa numeração que representa alguma coisa no mundo físico, você pode criar inúmeras aplicações, você pode ter um controle de estoque, por exemplo, saber quais são os produtos que estão próximos do vencimento, por exemplo, e esses produtos são localizados via RFID, você pode, então, com uma passada de coletor, você sabe, aqui nessa área eu tenho x produtos que vão vencer nos próximos dez dias, deixa eu pegar esses x produtos, colocar em uma bacia de promoção, fazer algum trabalho com isso. Isso diminui o desperdício, aumenta a sua lucratividade, da sua empresa, com uma aplicação simples de RFID, por exemplo.Cássio: E quem está usando, ou quem está mais propenso a usar? Eu fico pensando para o pessoal de logística, você vai em um centro de distribuição, claro que centros de distribuição já estão muito tecnificados, mas suponho, pelo menos aqueles que eu já vi de perto, eles tem um trabalho mais manual, muitas vezes, de um operador ir lá, passar código por código, e sempre que você tem trabalho manual, você está sujeito a uma certa margem de erro. Então, eu estou imaginando que logística, você me corrija se eu estiver errado, mas pode ser uma dessas aplicações, e que outras aplicações você tem visto, ou que pelo menos tendem a usar essas etiquetas inteligentes?Lúcio Rodrigues: O varejo é um cliente fácil dessa aplicação de RFID, imagina você passando em um caixa sem ter que passar item por item, você passa com o tênis que você comprou, com a camisa que você comprou, você passa por um portal e dali ele já debita do seu cartão de crédito, porque passou em um portal, que na verdade coleta os dados daquelas etiquetas e sabe exatamente qual é o produto que saiu da loja, essa é uma das aplicações. Produtos que, de alguma forma, precisam ser controlados, vencimento, como eu te falei, você sabe que ali naquela prateleira tem alguns produtos que estão próximos do vencimento, então, já retirar esses produtos e fazer algum tipo de promoção, e inventários online, você saber onde… um tênis específico que você viu em algum filme, em alguma novela, você quer comprar aquele item, você entrando em uma plataforma in cloud nossa, você pode saber onde aquele produto especificamente está localizado mais perto de você.Cássio: Vê se eu estou certo, a gente acaba terminando a conversa aqui onde a gente começou, em produtividade, em economia, você fala produtos perto de vencer, coloca em promoção, ou economia de tempo até nesse caso que você deu esse exemplo, até para nós como consumidores que teríamos que procurar muito pela internet até achar, você também está economizando o tempo das pessoas. Acabamos chegando onde a gente começou, terminando onde a gente começou, está certo, Lúcio?Lúcio Rodrigues: Está certo, e com o uso de inteligência artificial, a coisa pode avançar mais ainda, às vezes, vai chegar uma caixa na sua casa com os produtos que alguma empresa acha, entende, que você vai consumir aqueles produtos, e daí você abre a caixa, tira tudo que você quer e fecha a caixa com as coisas que você não quer. No próximo mês, ele vai aprender, esse iogurte ele não gostou, vou tentar esse outro, aí esse outro você fica, e ele vai aprendendo isso com machine learning, com deep learning, ele vai evoluindo isso até chegar em um ponto igual a sua playlist de Spotify, fica tão bom, ele te conhece tão bem, que fica perfeito, a caixa fica com 100% de aproveitamento, eu penso que isso vai acontecer em breve.Cássio: Tomara, porque vai ajudar bastante, pelo menos para mim vai funcionar porque eu vivo comprando coisa a mais, seja no supermercado, seja na internet.Lúcio Rodrigues: Mas se o supermercado souber disso, ele vai te vender mais ainda.Cássio: É, tem esse lado. Menos mal que a gente não desperdiça.Lúcio Rodrigues: É, pelo menos o tempo está salvo.Cássio: É isso aí. Lúcio, uma delícia conversar com você, quero te agradecer muito por bater esse papo tão leve e tão gostoso, e deixo as portas abertas para você, obrigado pelo papo, Lúcio.Lúcio Rodrigues: Legal, Cássio, eu que agradeço, deixo aqui o convite para quem estiver me ouvindo, para a gente se conectar via o Cássio, via LinkedIn, via alguma forma, acho que tem muita gente boa no Brasil, na América Latina, nessa nossa comunidade, esse podcast é um exemplo disso, quanto conteúdo interessante a gente está compartilhando aqui, não sei se esse, especificamente, mas pelo menos os outros que eu ouvi foram ótimos. Então, deixo aqui aberto esse convite para a gente se conectar e compartilhar mais conhecimento, acho que é super importante para a nossa carreira.Cássio: Obrigado, Lúcio, e a gente deixa na descrição do podcast o link para o LinkedIn do Lúcio e, modéstia a sua, esse episódio ficou excelente, a gente gosta muito do que é produzido aqui, mas tenha certeza de que esse ficou muito bom. Obrigado mais uma vez, Lúcio.Lúcio Rodrigues: Legal, Cássio, obrigado.Cássio: Muito bem, vamos chegando ao final do Think Tech de hoje, e Sara, o Lúcio, nosso convidado de hoje, trouxe esse conceito de RFID, que muita gente não conhece, aliás, eu nem conhecia direito, já tinha ouvido falar, mas não sabia exatamente o que era, mas você, com o seu cérebro eletrônico, sempre sabe o que são as coisas, hein, Sara?Sara: RFID é a sigla em inglês para Identificação por Rádio Frequência, é um método que usa ondas de rádio para registrar e coletar informações de etiquetas, essa tecnologia existe há algumas décadas, mas vem ganhando novas aplicações porque é usada por várias empresas, como vimos no episódio de hoje do podcast.Cássio: Bom, antes de terminar, Sara, quero dizer que você brilhou hoje, porque antes do início da gravação, o Lúcio falou sobre você, perguntou sobre você, que legal isso, não me surpreende que um ser digital tão marcante como você colecione fãs, viu, Sara.Sara: Que honra, muito obrigada, Cássio.
Cássio: Imagina, merecido. Mas é isso aí, o Think Tech de hoje fica por aqui, até a próxima.