Cássio: O Think Tech está no ar. Meu nome é Cássio Politi, e junto com a Algar Tech nós vamos embarcar nessa jornada de repensar possibilidades. No episódio de hoje a gente faz uma imersão em um laboratório de inovação. Como sempre aqui comigo está a Sara, a nossa especialista virtual em negócios, da Algar Tech. Sara, eu trouxe hoje uma gravação que a gente fez lá dentro da BASF, em um ambiente todo voltado para inovação. Vai ser um papo bem interessante, viu, Sara?
Sara: Que bom, Cássio. A BASF é uma empresa relevante, foi fundada em 1865, na Alemanha. Curiosamente, o nome BASF significa algo como fábrica de (anelina e solda de baden) [00:00:56], as iniciais dessa palavra, em alemão, formam a palavra BASF, ela é hoje a maior indústria química do mundo, com mais de 110 mil colaboradores. Estou curiosa para saber como foi a conversa, assim posso abastecer meu cérebro eletrônico com alguns megabytes de informação.
Cássio: Legal. Então se prepara que a conversa foi bem produtiva, Sara. Para o bate-papo de hoje eu tenho a satisfação de trazer, aqui para o podcast, um convidado e uma convidada, aqui. A gente está direto (do Onono) [00:01:33], que é o andar de inovação da BASF, ao longo do podcast você vai entender melhor o que é (Onono) [00:01:40], até por isso deve estar soando um pouquinho diferente o áudio do podcast, hoje, para você que está ouvindo, porque a gente está fazendo uma gravação aqui na BASF. Deixa eu começar cumprimentando então a Juliana Carvalho, que é coordenadora de inovação e marketing digital da BASF, uma das maiores indústrias químicas do Brasil, acho que do mundo, não é? Juliana, muito bom receber você aqui. Na verdade, vocês estão me recebendo aqui, mas é muito bom ter você no podcast. Obrigada, Juliana.
Juliana: Obrigada pelo convite.
Cássio: E junta com a Juliana, o Edson Akiyama, que é Senior Manager Digital Transformation, também aqui da BASF. Edson, muito bom estar aqui com você. Obrigado pelo convite e obrigado por aceitar participar do podcast.
Edson: Eu que agradeço aí, prazer falar com todos vocês.
Cássio: Legal. Vamos nessa então, bater um papo sobre inovação. Deixa eu começar contando onde a gente está, uma edição diferente, a gente quase sempre grava online, mas hoje a gente está gravando aqui pessoalmente. E a gente está no nono andar de um edifício, aqui na Marginal Pinheiros, em São Paulo, que chama Onono. Não vou tentar explicar, tem vocês aqui para isso. Por que Onono?
Edson: Onono é o nosso centro de experiências científicas e digitais, científicas porque nós temos dois laboratórios dentro desse espaço, e digitais porque nós provemos aqui várias experiências desenvolvendo ecossistema digital, tem startups, universidades, inovação aberta, área de pesquisa e desenvolvimento, ele tem esse nome aqui porque nós temos quatro grandes pilares aqui, durante a criação desse espaço nós focamos em inovação, colaboração, transformação e conexão, então se você pegar todas essas palavras em inglês, elas todas terminam em On, então por isso (que nós temos) [00:03:28] Onono, essas palavrinhas todas juntas, e também, aí temos uma grande história aí, porque fica no nono andar, então já ajuda também fazer o marketing do espaço aqui, contando uma grande história de muito sucesso.
Cássio: Legal. A gente passeou aqui pelo Onono, e realmente é um ambiente inspirador, porque você tem ali, você respira o tempo inteiro inovação. Mas o que sai daqui, do Onono?
Juliana: Bom, desse espaço de inovação que nós temos aqui, como o Edson já mencionou, todas as áreas de negócio que a BASF atende, aqui do mundo químico, são convidadas a participarem desse espaço, e para fomentar também a inovação aberta. Então eu, especificamente, trabalho dentro da divisão de nutrição e saúde, somos aqui os embaixadores e os responsáveis por trazer a inovação aberta para dentro da companhia, então esse espaço aqui é de grande valia, tanto para inspiração, quanto para conexão, aqui, como bem o Edson mencionou anteriormente, que o espaço foi feito para isso. Então é um espaço para nós estarmos interagindo com os nossos clientes, é um espaço de interação com startups que também são bem-vindas aqui para essa colaboração, e é um espaço também para trocarmos aqui ideias e boas práticas para fazer a inovação acontecer. A BASF está no mercado há mais de 150 anos, a gente sabe que o que nos trouxe até aqui (não vão escrever) [00:05:00] os próximos 150 anos da próxima maneira, então esse espaço é para justamente construir esse futuro.
Cássio: Pois é. Tem, assim, duas palavras na mesma frase, assim, quando a gente fala indústria química. Na verdade, três palavras. Indústria química e inovação. Não é o que o imaginário comum conecta. Quando você fala em inovação você vai pensar em empresa de tecnologia, você vai pensar nos Googles da vida, e empresas de software, empresas talvez até de outras indústrias, automobilística, e por aí vai. Nunca na química. Só que é um grande engano. Qual é a relação entre indústria química e inovação?
Edson: A indústria química sempre foi movida por inovação, senão nós estaríamos há anos luz atrás, e não na frente.
Cássio: Sim.
Edson: Então cada vez mais dentro (do nosso próprio segmento nós tendemos a) [00:05:55] promover mais inovação, ajudar os nossos clientes a terem mais sucesso através da digitalização e da inovação, porque aí sim nós temos uma sustentabilidade da própria empresa, para mais 150 anos aí, se Deus quiser, e também ajudar os nossos clientes nessa jornada digital, porque é uma mudança drástica de cultura, então isso quebrou várias empresas. Se você não se adaptar a essa nova cultura, a cultura de inovação também, não só pensar nas dores do dia a dia, (mas compensar em um) [00:06:29] futuro de dez, 20 anos. Isso é extremamente difícil, mas para isso também que nós temos esse espaço, que é para promover essa conexão, essa interação com todos. Nós falamos que no nosso espaço aqui, (no nono) [00:06:43], ele é para cocriar as diversas soluções aí, (ter menos pessoas da baixa aqui) [00:06:47], aqui não é uma sala de reunião, é um ambiente para cocriação, e daqui já saíram várias soluções novas aí, para vários clientes, e que agora estão crescendo muito, então a BASF também cresce junto com nossos clientes, em termos de transformação de mindset, para todos, inovação exponencial, uma melhor experiência do cliente, eficiência nos nossos processos, simplificação e sustentabilidade, então todos esses pilares juntos aqui levam a BASF a um patamar acima, em termos de evolução exponencial.
Cássio: Quando a BASF tinha 100 anos então, (o Piter Drunker) [00:07:22] já trouxe uma frase, que hoje é mais compreendida do que naquela época, que ele falava: “Inove ou morra”. Então alguém na BASF, 50 anos atrás, mais ou menos, deve ter concordado com ele. Vamos para alguns exemplos aqui, que eu acho que é legal contar essas histórias assim. O que saiu de inovação, em termos práticos, assim? O que vocês se orgulham de contar em termos de resultado ou de projetos que envolvem inovação?
Edson: Eu vou começar aqui, depois eu passo para Ju também comentar. Mas, por exemplo, daqui desse espaço nós começamos a trabalhar com uma iniciativa chamada (Gold to Market) [00:08:01], que é nosso comércio eletrônico para pequenos e médios clientes, nós já atendíamos vários (inint) [00:08:09] nesse modelo, mas pequenos e médios nós ajudamos alavancar ainda mais as vendas dos nossos clientes, dos nossos parceiros, e aí foi nesse momento também que nós implementamos, por exemplo, a Black Friday, a Black Friday nunca existiu para um segmento de B2B, na indústria química, e nós fomos os pioneiros aqui a fazer isso também, em uma fase de disrupção, que alavancou muito mais as parcerias internas, criou um momento diferente, e essa jornada só se alavancou ainda mais, porque aí a partir disso também nós começamos a trabalhar em vários outros segmentos da nossa empresa. Por exemplo, em setores agro, você tem hoje agricultura de precisão, então você tem lá alguns exemplos de que você pode subir com o avião, esse avião a não sei quantos mil pés, ele pode tirar uma foto em pleno voo, ele consegue tirar uma foto tão nítida que você consegue mapear a qualidade do solo, você consegue mapear a qualidade da plantação, e a partir daí (um aplicativo) [00:09:14] consegue mapear onde você tem pragas, onde você tem outros tipos de doenças ali, e qualquer inconsistência na plantação, você consegue mandar um drone para fazer uma aplicação específica naquele ponto, então você tem menos desperdício de produtos, menos contaminação cruzada, e você atinge somente aquele ponto que você realmente precisa. Então esse é um dos modelos de inovação, (algumas das) [00:09:42] soluções, e tem outras soluções extremamente disruptivas, que eu vou deixar a Ju contar (um pouquinho aqui também) [00:09:48].
Cássio: Vai lá, Ju.
Juliana: Ótimo. (inint) [00:09:50] vou mencionar aqui o nosso mais recente lançamento, a gente sabe também o desafio que a gente tem em uma grande corporação, quando a gente fala a palavra inovação, a gente sabe que ninguém inova sozinho, então tanto é importante essa conexão com ecossistema externo, mas também encontrar os parceiros aqui, os aliados internos, para fazer a inovação acontecer. Esse projeto que eu vou mencionar aqui para vocês agora é um projeto de fragrâncias digitais, que nós aqui da divisão de nutrição e saúde construímos aqui, através da apresentação da startup por parte aqui do Edson e da equipe dele, para trazer esse elemento do digital, para mercados até então inimagináveis. Quando a gente fala o mercado de fragrâncias, é difícil a gente imaginar e até tangibilizar como que seria uma digitalização em um mercado como esse. Então essa solução que nós aqui lançamos recentemente, em colaboração com uma startup, através da inovação aberta, claramente, é isso que ela proporciona para os nossos clientes, então é a experimentação de fragrâncias, através aqui de uma experiência olfativa de maneira digital. Então, hoje, os nossos clientes conseguem obter e ter essa sensação da primeira impressão em relação a uma fragrância da BASF, através dessa experiência digital, então (o device) [00:11:16] conectado com o aplicativo, que proporciona essa experiência para os clientes. Então eles conseguem hoje ter essa percepção em relação ao nosso produto puro, e também o nosso produto aplicado em diferentes formulações. Então, por exemplo, um mentol da BASF, o produto puro e o mentol aplicado em diferentes formulações, como um pós-barba, um shampoo, entre outros produtos que nós temos no nosso portfólio.
Cássio: É o cheiro digital então?
Juliana: É o cheiro digital, é a fragrância digital.
Cássio: Uma curiosidade, eu não sei se você vai saber responder, Ju. Como é que você formula isso? Porque, por exemplo, cores, você tem um código (hexadecimal) [00:11:53], você mistura, mas é uma coisa que a gente aprende na escola com papel celofane também, você mistura lá o verde, agora não lembro mais, com vermelho, vai dar uma cor, laranja, sei lá, vai dar alguma cor, e aí existe o código hexadecimal, que mistura 256 tons de cores, três vezes, então 256 ao cubo, número de cores que você pode ter. É mais ou menos isso? Você tem um código por cheiro? Como é que sai o cheiro ali de dentro?
Juliana: Vou falar da tecnologia. Então as nossas fragrâncias, tanto puras, quanto essas aplicadas, elas foram colocadas em uma cápsula. Eu costumo explicar que essa solução aqui, para ser mais fácil de materializar, é como se fosse uma máquina de café que a gente faz o café aqui em casa. Então esse (device) [00:12:44] é como se fosse essa máquina de café, e a cápsula que vai dentro desse device, tem a fragrância da BASF pura ou aplicada, então é através de uma tecnologia também que a gente chama de cheio seco, então quando essa fragrância é disparada através desse (device) [00:13:03] não é aquele jato, como a gente está habituado, de um perfume, por exemplo, então ele não tem partículas líquidas, então é um cheiro seco que dissipa no ar, então tem toda uma tecnologia também por de trás, para não ter contaminação cruzada entre as fragrâncias, e ter uma boa experiência aqui em relação ao nosso produto, para passar essas primeiras impressões que é o que a gente quer.
Cássio: Eu fico imaginando que isso é o primeiro passo, talvez, para o cheiro online, daqui a pouco, não é?
Juliana: (Internet of Senses) [00:13:32]. Aí deixa com o Edson, (que a Digital Transformation) [00:13:34] é com ele.
Cássio: Estamos muito longe, Edson?
Edson: Não, não estamos longe. Até para explicar um pouquinho o que é internet dos sentidos, que chama de Internet of Senses. É uma mega tendência, que inicialmente se originou com o estudo da Ericsson, e aí que diz que até 2030, com a vinda da tecnologia 5G, a nossa experiência com a internet será utilizando todos os sentidos, então cheiro, gosto, o toque.
Cássio: 2030 está aí.
Edson: 2030 já está aí. Então nós teremos uma experiência totalmente diferente, por exemplo, em um comércio eletrônico. Hoje em dia você abre um browser, você dá o clique ali, você compra. Agora não, agora você pode fazer uma imersão em uma aplicação de comércio eletrônico, você pode tocar nas coisas, você vai sentir a forma de menção das coisas, você vai sentir o cheiro, você vai poder provar alguma coisa, sentir o gosto, é uma coisa louca, (assim, a gente pensar que) [00:14:36] de onde nós estamos hoje, para onde nós estamos caminhando. Nós vamos quebrar as barreiras da comunicação também, porque faz parte de uma das áreas cognitivas, da própria fala da comunicação, então para evitar qualquer barreira na comunicação, também é possível sintetizar as vozes. Eu posso sintetizar minha voz através de (inint) [00:15:00] inteligência artificial, e eu posso sintetizar minha voz para falar outro idioma, então eu consigo traduzir o que eu estou falando aqui em tempo real, utilizando a minha voz mesmo, e colocando isso como mais um sentido de inclusão e comunicação. Inclusão porque isso vai beneficiar também as pessoas com deficiência, para entender o que eu estou falando, eu consigo transcrever o que eu estou falando, e eu consigo reproduzir o som, como se eu estivesse falando em outro idioma, em tempo real. Então tudo isso combinado à internet dos sentidos, então isso vai causar uma segunda onda de disrupção também na nossa experiência do dia a dia.
Cássio: Já fiquei imaginando aqui, você manda um WhatsApp, em português, para um colega seu na Alemanha, e ele ouve em alemão com a tua voz.
Edson: Exatamente. Isso já é realidade, não é só teoria. Aqui na BASF nós já temos alguns protótipos, vamos começar agora testar a parte do gosto digital, então são sensores que você encosta na sua língua, ele vai estimular as suas papilas gustativas para sentir o azedo, o doce, o salgado, e já existem aí alguns protótipos em universidades americanas e de Londres, que você consegue sentir o gosto de um pirulito de limão, por exemplo. Então, por isso que eu falo, não está longe da realidade, agora só precisa ter mais a questão da escalabilidade, das certificações necessárias aí, para a gente começar realmente viver esse novo mundo.
Cássio: Você falou de inclusão, eu lembrei aqui um pouco de um tema que não está distante, que é a preocupação com o meio ambiente, (geralmente está sempre) [00:16:38] mais ou menos na mesma conversa ali. Vocês estão usando blockchain para reciclagem?
Edson: Sim. Nós temos uma iniciativa chamada (ReciChain) [00:16:47], que aí é para atender primeiro a parte da legislação, que fala que todo (brand owner) [00:16:55] tem que reciclar 22% do que eles geram de produtos reciclados, e também nós nos preocupamos muito com a questão da sociedade, porque quem coleta, nos lixões mesmo, todo esse material reciclado, tem uma condição de vida muito precária, e essas condições que ele tem dentro do lixão, no lixão mesmo, (assim, sanidade zero ali) [00:17:17]. Então nós nos preocupamos, primeiro, em trabalhar com cooperativas idôneas, que onde eles vão investir, que as empresas que não têm condição de reciclar, elas vão para as cooperativas, vão comprar toneladas de reciclagem, e pedaço desse dinheiro também vai para a cooperativa investir nas pessoas, na melhora da qualidade de vida das pessoas, em termos de educação, em termos de condição social, então esse é um dos principais motivos que a gente investe muito pesado (no ReciChain) [00:17:49]. E por outro lado, tem a questão de como nós vamos controlar um pouquinho do que existe em termos de idoneidade do processo em si, porque existem mercados negros aí que uma cooperativa pode vender uma tonelada de produto reciclado para a BASF, pode vender a mesma tonelada reciclada para uma outra empresa, aí quando você vai ver não tem nada para você, (você comprou nesse mercado negro) [00:18:16]. Então nós trabalhamos com cooperativas idôneas também, e nós instalamos o blockchain justamente para isso, para fazer todo rastreamento e também a certificação dentro da própria blockchain, que uma tonelada (que está no warehouse) [00:18:33], no depósito, que foi vendida para (BASF, realmente é da BASF). [00:18:36], isso fica registrado, a gente consegue ter esse controle aqui. Então tem um viés social, e tem um viés também tecnológico e de controle de processo.
Cássio: Vocês estão em diversos países, não é? O Brasil tem uma pegada de inovação, a gente às vezes foca muito nos nossos problemas e esquece um pouco de enaltecer aquilo que é bom, que vem do Brasil, mas isso estou falando o mercado em geral. Você que coordena, Ju, essa área de inovação, a tua percepção, e até percepção da empresa como um todo, é de que o Brasil está em que posição, mais ou menos, ali, do ranking de inovação dentro da BASF?
Juliana: Um trabalho que a gente faz aqui, fortemente, dentro da divisão específica (que eu falar, do qual atuo) [00:19:27] diretamente, de nutrição e saúde, é esse o convite que a gente sempre faz quando a gente conversa com os nossos colegas aqui da equipe global, é de que sejamos aqui (o hub) [00:19:42] de inovação para os nossos negócios, porque a representatividade aqui da nossa região, se eu comparo com o faturamento global, ela é menor, uma região aqui com o faturamento, um percentual de mercado, menor em relação às outras regiões, e aqui nós temos a cultura da adaptação, que em outros países, em outras culturas, isso não é tão latente como nos brasileiros. Então se a gente une essas duas coisas, de que se a gente inovar e a coisa não der muito certo, a consequência disso não é muito grande, porque a gente está falando de um mercado com uma representação pequena, então a gente tem a possibilidade de fazer esses experimentos, e também por conta da nossa (adaptação) [00:20:26] e a nossa resiliência, somos brasileiros, não desistimos nunca, então enquanto a gente efetivamente não tira esse projeto do papel, a gente não sossega. A gente tem um time aqui muito bom, trabalhamos aqui em colaboração com muitas pessoas, como o Edson, a equipe dele, outras áreas aqui da empresa, para a gente realmente conseguir fazer isso acontecer, então acho que é uma conjuntura dessas duas coisas, e é o convite que a gente sempre faz aqui nas nossas conversas.
Cássio: Tem também iniciativa nessa linha que você falou, Ju, tem também dentro das fábricas, não é? Por exemplo, Espaço Matrix se encaixa nesse conceito?
Edson: Se encaixa. Ele está muito mais focado na questão (de smart manufacturing) [00:21:06], para o pessoal de engenharia, para o pessoal dos sites, e ele é um instrumento importante também para capacitar as pessoas, das plantas, então você pode tirá-las de um ambiente perigoso, você pode fazer os treinamentos, você pode errar muito ali também, você pode ensinar de uma forma virtual, usando realidade mista e realidade aumentada, você pode também, dentro desse espaço, você tem áreas onde você pode criar (os que nós chamamos de Digital Tuins) [00:21:34], então são réplicas de um site, ou áreas de um site, você digitaliza esses pedaços e você consegue fazer toda simulação ali dentro, (manutenção preditiva) [00:21:43], preventiva, tudo isso é possível dentro desse conceito de indústria 4.0, então existe a parte da digitalização e inovação para as áreas de negócio, assim como da Ju, e também existe a parte da indústria 4.0, que é focada bastante em termos de produção, (supply chain) [00:22:01], logística, tudo que você pode ter mais efetividade operacional, aí que entra esses processos aí para o Matrix também. O Matrix foi criado com o intuito de promover a digitalização para os sites, e também por questões de segurança. Segurança nós falamos, aqui na BASF, que é inegociável, então existem (inint) [00:22:23] aqui também, e a parte digital não poderia ser diferente para dentro dos sites, então cada vez mais temos rondas de segurança através de robôs, nós temos aí também a questão dos treinamentos virtuais para os novos colaboradores, toda parte de (unboarding) [00:22:39], então cada vez mais nós estamos trazendo mais segurança e mais produtividade, com melhores capacitações entre as pessoas.
Cássio: (Poxa) [00:22:48], dá para ficar dois dias aqui contando as inovações, pena que a gente não tem todo esse tempo. Então quero agradecer muito a vocês, começar agradecendo a você, Ju, por participar hoje aqui, por me receber tão bem aqui, fazendo um tour pelo Onono, então as portas estão sempre abertas aqui, na Algar Tech, para você. Obrigado, viu, Ju.
Juliana: Eu que agradeço. Obrigada ao convite. Obrigada todo mundo que está escutando a gente, todos aqui convidados a estarem conosco no nosso espaço aqui no Onono.
Cássio: Legal. Vamos deixar aqui, inclusive, algumas referências na descrição do podcast. Edson, também quero te agradecer muito pela recepção, um prazer ter você aqui. Obrigado por participar hoje.
Edson: Imagina. Eu que agradeço a vocês, agradeço a todos que estão nos ouvindo aqui também, reforço o convite da Ju aí, o Onono sempre está de portas abertas, estão vocês são muito bem-vindos também a colaborar, cocriar novas ideias, novas soluções (e rostear os seus próprios eventos aqui também) [00:23:48].
Cássio: Muito bem. Vamos chegando então ao final aqui do Think Tech de hoje, e durante o papo, lá no Onono, eu falei sobre o Brasil ser desenvolvido quando se fala de tecnologia. Realmente, sai muito coisa interessante daqui, mas também é verdade que a gente ainda pode evoluir bastante, não é, Sara?
Sara: Sem dúvida, Cássio. Todos os anos é divulgado o índice global de inovação, ele leva em conta aspectos como capital humano, infraestrutura, produtos criativos e outros. Na edição de 2021 o Brasil apareceu na posição de número 57, foram avaliados 132 países. Os cinco países mais inovadores do mundo são Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido e Coréia do Sul.
Cássio: Pois é. Eu vi esse ranking aí, Brasil ficou em 57, quinquagésimo sétimo no mundo, e ficou em quarto na América Latina, viu, Sara, então a gente está atrás de Chile, México e Costa Rica. Quando você dá uma olhada mais atenta aos quesitos que levaram o Brasil a essa quinquagésima sétima posição, dá para ver que a gente fica razoavelmente bem em capital humano, pesquisa, sofisticação de mercado, conhecimento e criatividade. Tudo isso, claro, em relação à tecnologia. Mas o Brasil vai mal em outros dois quesitos, infraestrutura e instituições ligadas à tecnologia, falta isso aqui no Brasil, por isso que a gente está um pouco abaixo ali, do ranking, do que se esperava. Brasil é a décima segunda economia, (esperava) [00:25:42] que ficasse ali, pelo menos, entre os dez, 15 primeiros, em inovação, mas a gente chega lá. É isso aí. Think Tech de hoje fica por aqui. Até a próxima.