
Com a tecnologia cada vez mais presente na rotina das empresas, aumenta a necessidade de atenção à segurança das informações e dos dados a fim de evitar prejuízos com os ataques cibernéticos. Uma pesquisa realizada pela Deloitte mostrou que 41% das empresas entrevistadas já sofreram ataques cibernéticos e, dessas, 89% investiram em segurança.
Por isso, a prevenção é fundamental para organizações que desejam evitar entrar para essas estatísticas, que seguem crescendo. Em 2021, o Brasil estava entre os países mais atingidos por ataques cibernéticos e, em 2022, permaneceu nesse ranking.
Neste artigo, abordamos a situação dos ataques cibernéticos no Brasil, os tipos de ataques mais frequentes e a importância das empresas, de qualquer porte e segmento, investirem em segurança. Confira!
O que são considerados ataques cibernéticos?
Os ataques cibernéticos, ou ciberataques, são tentativas ou invasões em sistemas, com o intuito de roubar, controlar ou expor dados e informações valiosas que estejam armazenadas. Qualquer sistema, computador ou rede está sujeito a ataques cibernéticos, que podem ser com direcionamento pessoal ou comercial.
Os hackers, que são os criminosos por trás dos ataques, utilizam diversas técnicas para cometer os crimes, que, a propósito, estão cada dia mais sofisticadas e bem executadas.
Empresas são alvos constantes desses criminosos e muitas vezes sofrem grandes prejuízos. Por isso, o investimento em cibersegurança vem crescendo e se tornando necessário nas organizações, independente do porte e do segmento de atuação.
Qual é o atual cenário de ataques cibernéticos no Brasil?
Não é nada animadora a posição do Brasil no ranking de ataques cibernéticos do mundo, estando entre os países com mais ocorrências. Um relatório realizado pela Checkpoint Research mostrou que, no segundo trimestre de 2022, o país teve um aumento de 46% no número de ocorrências, com diferença de 14% da média global, que foi 32%.
Desde 2007, a SaferNet acompanha as ocorrências de ataques cibernéticos no Brasil, tendo recebido e processado 4.441.595 denúncias anônimas, envolvendo 935.496 páginas. Os indicadores apontam não apenas ataques a empresas, mas também a pessoas físicas, tendo como líder o estado de São Paulo, com 9.434 ocorrências. Entre essas, são 474 registros de fraudes, golpes e e-mails falsos.
Isso coloca as empresas em estado de alerta quanto à segurança dos seus dados. Qualquer setor está suscetível aos ataques cibernéticos e precisam de atenção, mas alguns foram mais visados e prejudicados em 2022. Entre eles, estão:
- Educação/pesquisa (2.148 ataques por organização a cada semana);
- Governo/militar (1.564 ataques semanais);
- Saúde (1.426 ataques por semana).
Para o ano de 2023, as tendências e previsões ainda são de alerta, tendo em vista que as ameaças vão se transformando e se tornando cada vez mais complexas e variadas.
São diversos tipos de ataques cibernéticos, que estão cada vez mais precisos. Entre os mais sofisticados, podemos citar o ransomware, que tem como característica sequestrar dados e pedir um “resgate” por eles.
A seguir, saiba mais sobre os ataques cibernéticos mais frequentes nas empresas.
Principais ataques cibernéticos no Brasil
Em uma visão mundial, o Brasil está em segundo lugar entre os países que mais sofrem ataques cibernéticos, perdendo apenas para os Estados Unidos. Na América Latina, o balanço é ainda mais preocupante, ocupando a primeira posição
Entre os diversos tipos de ciberataques que o Brasil sofre constantemente, os principais são:
- Malwares;
- Ransomwares;
- DDoS;
- Phishing;
- Injeção de SQL.
Dentre os listados acima, os rawsowares são ataques cada vez mais utilizados e comuns, por serem complexos. Eles são considerados um tipo de malware, em que os dados e as informações são criptografados e sequestrados. Dessa forma, os hackers solicitam que a empresa efetue um pagamento para que o acesso seja liberado.
Empresas brasileiras de diversos segmentos sofrem diariamente com ameaças e ataques, mas algumas ficaram conhecidas no mercado, entre os anos de 2021 e 2022, pela proporção do prejuízo que levaram. A seguir, listamos algumas organizações que passaram por situações como essas.
- Lojas Renner: em 2021, a varejista ficou com o sistema fora do ar por algumas horas, o que afetou o site e o aplicativo, que só voltaram a funcionar normalmente após alguns dias.
- CVC: também em 2021, a empresa de viagens só conseguiu voltar com as operações normalmente após 12 dias do ataque.
- Record TV: em 2022, a rede televisiva sofreu um ataque de ransomware e seu acervo foi sequestrado, além de vazar dados importantes na deep web, como planilhas, documentos sigilosos e dados de personalidades contratadas.
- Golden Cross: a empresa da área da saúde, que, como citamos acima, é uma das mais afetadas, teve parte do seu sistema atacado em 2022 e forçada a interromper alguns serviços por segurança.
Mito: os ataques cibernéticos não ocorrem apenas em grandes empresas
Muitas pessoas associam os ataques cibernéticos a empresas de grande porte, por possuírem uma base maior de dados e informações. Isso é um grave erro que contribui para que organizações de pequeno e médio porte não invistam em maior segurança.
Um estudo realizado pela IBM revelou que as consequências de ataques cibernéticos são piores em pequenas e médias empresas. Dessa forma, é um mito acreditar que organizações menores não são alvos fáceis. E, dependendo da proporção dos prejuízos, podem levar ao encerramento das atividades dessas empresas.
Qualquer organização possui em seus sistemas e-mails, documentos, planilhas, dados empresariais e de clientes, endereços, telefones, salários, entre outros diversos dados, que podem ser alvos de ameaças.
Por isso, é fundamental o investimento em cibersegurança, para reduzir ao máximo as chances de ameaças e ataques, além de preservar a empresa, seus colaboradores, clientes e parceiros.
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