A cloud native surge como uma modalidade de computação em nuvem mais robusta. E, que tem por objetivo gerar mais celeridade aos processos de desenvolvimento de sistemas em uma empresa, de forma a oportunizar projetos escalonáveis de maneira mais eficiente e autônoma. Você já ouviu falar dele?
Bem, grandes empresas já utilizam esse recurso para sustentar seus negócios digitais e manter a qualidade do serviço ofertado ao cliente. Ou seja, não é uma completa novidade. No entanto, em um cenário de mudanças e a necessidade de oferecer recursos escaláveis cada vez mais, o cloud native se tornou uma tendência para os próximos anos.
Isso porque ele emerge no contexto da transformação digital sendo uma evolução da tecnologia que responde às novas demandas de mercado afloradas pela aceleração da digitalização dos serviços e produtos.
Dada a sua importância, este artigo visa explicar o que, afinal, significa a cloud native, os motivos que a tornam uma tendência interessante ao mundo corporativo, suas vantagens bem como sua forma de aplicação.
Tá interessado em saber mais sobre isso? Continue a leitura e aproveite!
O que é Cloud Native?
O termo é uma recente técnica, ou design de arquitetura mais precisamente, que permite construir e executar aplicativos. Englobando diversas ferramentas e técnicas de desenvolvimento com o objetivo de construir uma nuvem pública, em um processo diferente do que é tradicionalmente feito para data center local.
Esse processo surgiu porque não é de hoje que o mercado de transformação digital tem imposto novas ideias em práticas no mercado. De forma igual, os sistemas de negócios também têm se tornado mais complexos com usuários mais exigentes. Dessas demandas surge a cloud native, como solução para corresponder aos anseios internos e externos das organizações.
Dessa forma, o surgimento da cloud native resulta das demandas de público e da própria complexidade que, hoje, as plataformas possuem, executando diversas aplicações ao mesmo tempo. Atrasos de resposta e inatividade da páginas não são mais toleradas pela audiência, que deseja uma experiência imersiva e ágil. Por isso, a cloud native opera as alterações solicitadas rapidamente, em grande escala e com resiliência nos sistemas.
Assim, essa solução é capaz de oferecer flexibilidade, escalabilidade, velocidade e agilidade. O modelo é adotado por grandes corporações digitais como Netflix, Spotify, Airbnb e Uber, empresas que nasceram na nuvem, por assim dizer, e têm seu serviço baseado no digital.
O que é uma arquitetura serverless?
O conceito de serverless significa, a grosso modo, um sistema sem servidor dedicado, opondo-se à estrutura baseada em data center local que costuma-se ter em aplicações corporativas.
É o fato de ser serverless que faz da cloud native uma opção de grande relevância para o mercado. Posto que, sua capacidade de acelerar o desenvolvimento das diversas aplicações do negócio que estejam em ambientes distintos a difere do modelo tradicional.
Dessa forma, a partir dessa estrutura fragmentada em diversos ambientes e sistemas, temos o termo serverless, um conceito atrelado ao modelo de computação em nuvem onde os desenvolvedores não precisam provisionar servidores.
Além disso, as atividades são realizadas por provedores na nuvem, independentes, que dão mais agilidade aos processos e segurança na manutenção destes. Em detrimento dos procedimentos que se caracterizavam por alocar recursos em servidores distintos executados on-premisse.
O que faz o Cloud Native ser uma tendência tecnológica?
O principal diferencial já mencionado da cloud native é sua capacidade de oferecer agilidade digital e vantagem competitiva às empresas. Principalmente as que operam no ambiente digital na oferta de serviços e produtos.
Assim, a forma como se desenvolve e opera os softwares precisou também ser revista para dar conta das atuais demandas em termos de produção e consumo no ambiente digital.
Dessa forma, a cloud native emerge sob a luz de quatro camadas que bem a definem e justificam sua relevância atualmente. Assim, além das camadas abaixo, é importante implementar sistemas de monitoramento a fim de garantir que todos os serviços sejam analisados e monitorados com eficácia.
#1 A definição do aplicativo e a camada de desenvolvimento
Essa camada é definida pela reunião dos recursos que os devs usam para construir aplicativos, sistemas de mensagens, bancos de dados, imagens de contêiner e pipelines de integração contínua e entrega contínua (CI/CD).
#2 A camada de provisionamento
A camada seguinte que compõe a cloud nativa inclui todos os elementos necessários para construir e proteger o ambiente de execução do aplicativo. Isso significa tratar a infraestrutura com código, armazenar, automatizar e garantir a segurança de todos os recursos presentes, com varredura de vulnerabilidade, gerenciamento de chave e política e ferramentas de autenticação.
#3 A camada de tempo de execução
Já esta camada refere-se aos elementos associados à execução de um aplicativo nativo da nuvem. Como o tempo de execução do contêiner, assim como armazenamento e rede.
#4 A camada de orquestração e gerenciamento
A camada de orquestração e gerenciamento organiza os recursos usados na implantação, gerenciamento e dimensionamento de aplicativos em contêineres, incluindo orquestração e programação.
Principais vantagens das arquiteturas do Cloud Native
Outros elementos pontuam as vantagens da cloud native em relação aos processos tradicionais:
Linguagens – A linguagem do cloud native é mais moderna em relação ao modelo tradicional e ajuda na organização dos desenvolvedores. Enquanto os aplicativos locais tendem a ser escritos em linguagens tradicionais, como C/C++, C# e Java, os aplicativos nativos da nuvem são escritos em uma linguagem centrada na web, como HTML, CSS, Java, JavaScript, por exemplo.
Atualizáveis – Os aplicativos da cloud native são elaborados para estarem permanentemente disponíveis, resilientes e regularmente atualizáveis.
Elasticidade – refere-se a capacidade que os aplicativos da cloud native têm em aproveitar bem a elasticidade da nuvem. Flexibilizando o consumo de acordo com a demanda, de forma escalável.
Múltiplos inquilinos – significa que um aplicativo nativo da nuvem pode trabalhar em um espaço virtualizado e compartilhar recursos com outros aplicativos usando um modelo multilocatário. O que promove mais eficiência ao time de desenvolvimento.
Tempo de inatividade – implica na oferta de maior redundância da cloud native em função da escalabilidade e distribuição geográfica dos data centers gerenciados pelos fornecedores de nuvem em hiperescala. Esta vantagem evita as paralisações imprevistas e onerosas.
Automação – refere-se às oportunidades de automação que a cloud native oferece, permitindo que os desenvolvedores construam uma vez e avancem para outros desafios mais complexos e urgentes.
Stateless – na cloud native, os aplicativos não transportam os dados salvos de uma sessão para outra. Por isso são considerados stateless. Nesse caso, é possível escalonar também servidores servidores, armazenar em cache mais facilmente para aumentar o desempenho, bem como armazenar menos, entre outras possibilidades.
Como criar aplicações nativas em nuvem?
O setor de TI de muitas empresas já se habituou a utilizar vários data centers e locais em nuvem pública. Isso já é uma realidade em alguns setores. Dessa forma, é possível seguir várias estratégias para facilitar o gerenciamento desses ambientes.
O primeiro passo é, portanto, aprimorar o ambiente de aplicações que faz a organização funcionar e isto talvez demande a adoção de uma série de tecnologias. Entretanto, exige principalmente que decisões estratégicas sejam tomadas sobre as áreas de mudança que serão priorizadas.
Nesse contexto, a construção de aplicações baseadas em cloud native, como vimos, é determinada pela modularidade da arquitetura. Ou seja, ela é composta por microsserviços que se integram e são independentes entre si, onde cada serviço é capaz de implementar recursos e executar seus processos por meio de APIs e sistemas de mensagem. Isto possibilita o gerenciamento da comunicação pela malha de serviço na nuvem.
Forneça recursos digitais de verdade em qualquer lugar
Vimos neste material a importância da implementação da cloud native para melhorar a eficácia dos sistemas, softwares e aplicações que a empresa utilize em sua rotina. Não à toa, organizações que dominam a indústria do streaming adotam esse modelo e são bem sucedidas com ele.
Além disso, vimos ainda que a principal vantagem desse modelo de cloud é que fornece independência aos desenvolvedores e mais flexibilidade ao processo. Com possibilidade de escalabilidade e resiliência da computação em nuvem.
Cabe lembrar ainda que a cloud native pauta-se na utilização de microsserviços executados de forma autônoma e em linguagem de internet. O que deixa o processo bem mais prático de ser desenvolvido e replicado.
Por fim, tal modelo é indicado para empresas que têm no ambiente digital o centro do seu negócio e precisa de uma solução que permita atualizações sem interrupções, respostas mais rápidas às demandas do usuário e que corresponda à experiência de consumo do usuário final.
Adotar a cloud native significa adotar um ideal que privilegie o que é importante para acelerar a criação de serviços de aplicações.
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