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Chief IoT Officer: a nova era dos profissionais de TI

Larissa Paes
Artigo por
Larissa Paes
Publicado em
18/09/17

Nos últimos anos, o surgimento de forças disruptivas como a virtualização, Cloud Computing, Bring Your Own Device (BYOD), Big Data e Internet das Coisas (IoT) ofereceu às organizações novas possibilidades de atuação e condução dos negócios, revolucionando o modelo tradicional praticado na área até então.

Dentro deste universo de novidades tecnológicas, a responsabilidade de orientar a estratégia de IoT dentro do contexto corporativo representa um dos grandes desafios que os gestores precisam superar. Porém, ao mesmo tempo que é considerada desafiadora, essa tecnologia também possui a capacidade de transformar a forma como as empresas conduzem seus negócios, uma vez que a partir da criação de novos produtos e serviços baseados em IoT é possível inovar e oferecer experiências diferenciadas aos clientes.

Ao permitir criar um conjunto sem precedentes de novas oportunidades de mercado para organizações em praticamente todos os setores da economia, a Internet das Coisas também possibilita melhorar uma série de fatores que são essenciais aos negócios. Questões, como design de produtos e serviços, entendimento sobre o comportamento e preferências de compra dos consumidores, além da redução de custos operacionais, são alguns dos benefícios possíveis de serem alcançados pelas empresas.

Diante dessas perspectivas e a fim de adaptar ao máximo os processos centrados em IoT, as organizações estão se esforçando para criar e conduzir mudanças estratégicas relacionadas aos seus modelos de negócio. Neste sentido, contar com um profissional que esteja completamente dedicado ao trabalho de aliar a Internet das Coisas à realidade das organizações tem despontado como uma tendência dentro do contexto corporativo.

Assim, é possível que em um futuro não muito distante se torne comum a existência de um Chief Internet of Things Officer, ou Chief IoT Officer (CIoT), dentro das empresas. Mas o que é um CIoT? Quais são suas principais responsabilidades? Conheça a seguir um pouco mais sobre o perfil desse profissional de TI.

O papel do Chief IoT Officer (CIoT)

Segundo a IDC, empresa líder em inteligência de mercado, até 2020 o número de dispositivos conectados pode chegar a 32 bilhões. Além disso, mais de 35% de todos os dados gerados mundialmente poderão ser considerados úteis, graças ao crescimento das informações produzidos pela Internet das Coisas.

Para acompanhar essa demanda, que é crescente em todo o mundo, e usar esses dados gerados a favor dos negócios, as empresas precisarão contar cada vez mais com um profissional de tecnologia dedicado à gerenciar as iniciativas de IoT.

Neste contexto, surge no horizonte o conceito de Chief IoT Officer (CIoT). Capaz de desenvolver e implementar produtos e serviços conectados e que atendam às expectativas e objetivos da empresa, o CIoT é um  líder corporativo hábil e que consegue conciliar variáveis que são fundamentais para os negócios, como visão estratégica, habilidades organizacionais, conhecimento técnico e capacidade de execução.

Considerado um embaixador que defende IoT em todos os departamentos da empresa, esse profissional de TI trabalha tanto com profissionais da empresa quanto com clientes externos e busca equilibrar tecnologia, identidade dos negócios, a capacidade de inovação e a cultura da empresa em relação a esses novos processos. Por isso, entre as principais tarefas sob a responsabilidade de um Chief IoT Officer estão:

  1. Alinhamento da visão corporativa à realidade de IoT

Ao contrário de qualquer fenômeno de tecnologia anterior, a adoção com sucesso de uma estratégia de IoT implica na coordenação de todas as funções empresariais de pesquisa e desenvolvimento para atendimento e suporte. Já do ponto de vista de aplicação, essa estratégia pode ser adotada por várias razões, como melhoria da eficiência operacional, economia de custos para aperfeiçoamento da qualidade de produtos e serviços e conquistas de novas oportunidades de mercado, gerando importantes vantagens competitivas.

Portanto, neste contexto, umas das primeiras missões de um Chief IoT Officer é educar os executivos sobre as implicações comerciais da Internet das Coisas para que um planejamento realista seja definido e cumprido com sucesso.

  1. Escolha das tecnologias mais assertivas

Independentemente do alcance que se deseja atingir, identificar as tecnologias certas, e integrá-las de forma assertiva em uma implantação, é crucial para uma estratégia bem sucedida de IoT. Além de existir uma grande quantidade de alternativas tecnológicas já estabelecidas e emergentes no mercado, há também uma gama crescente de certos padrões que podem ser observados em vários setores da indústria.

Sendo assim, o CIoT precisa levar todos esses fatores em consideração e trabalhar em conjunto com outros profissionais, como o Chief Experience Officer (CXO), a fim de selecionar a tecnologia certa e coordenar o processo de implantação da mesma.

  1. Análise das implicações comerciais relacionada à Internet das Coisas

As organizações devem empregar uma abordagem reversa de designação de nichos de mercado para a adoção da Internet das Coisas. Em outras palavras, é preciso iniciar esse trabalho com um projeto piloto que tenha como foco exclusivo testar a estratégia e a tecnologia de IoT escolhida para a criação de um determinado produto ou serviço. Desse modo, Chief IoT Officer consegue minimizar o investimento inicial, diminuir os riscos potenciais e determinar de forma mais rápida como a implantação, de fato, deve ser conduzida.

  1. Colaboração em relação às novas oportunidades de negócio

A introdução e adoção desse conjunto de práticas e análises na empresa permitirá que o CIoT escale assertivamente as iniciativas de Internet das Coisas e atinja os objetivos comerciais da organização.

E você, o que acha dessa nova era dos profissionais de Internet das Coisas? Compartilhe conosco sua opinião nos comentários.

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