Entramos em uma nova era, em que a tecnologia digital é dominante. Especialistas acreditam que a Inteligência Artificial (IA) terá um impacto similar ao da eletricidade. Da mesma forma que a energia elétrica mudou a nossa sociedade, essa nova geração será bastante impactada pela IA. Isso vale principalmente para as empresas.
Em menos de dois anos, a IA é uma das maiores apostas em tecnologia para as organizações. Se em janeiro de 2016 o termo Inteligência Artificial não estava nem entre os 100 mais procurados no site do Gartner (líder mundial em pesquisa e aconselhamento imparcial em tecnologia), agora já ocupa a 7ª posição entre os mais procurados.
Isso mostra o interesse dos usuários em entender como a Inteligência Artificial pode (e deve) ser usada como parte de suas estratégias de negócios digitais. A consultoria Gartner afirma que até 2020 quase todos os programas irão usar IA. A promessa é que a tecnologia resolva problemas ainda não solucionados, por oferecer benefícios que nenhum humano consegue realizar.
O que a IA oferece
A IA oferece meios para manter a eficiência e proficiência necessárias para atender às demandas dos clientes. Por isso, os CIOs (Chief Information Officers) precisam estar dispostos a explorar, experimentar e implementar recursos de inteligência artificial, principalmente para buscar novas oportunidades de geração de valor.
Os sistemas de IA mudam comportamentos sem serem explicitamente programados, baseados em dados coletados, análises de uso e outras observações. Embora haja um medo generalizado de que a IA substitua seres humanos, a realidade é que essa tecnologia e a de Aprendizado de Máquina hoje fazem muito para aumentar as capacidades humanas. Máquinas bem treinadas fazem algumas coisas de forma melhor e mais rápida do que humanos. A combinação dos dois pode garantir melhores resultados do que quando separados.
No entanto, segundo o Gartner, há quatro percepções fundamentais que os CIOs precisam saber antes de iniciarem uma jornada bem-sucedida de IA. Vamos conhecê-las?
#1 Corrida contra o tempo
O negócio digital acelera, de forma assustadora, o interesse pela Inteligência artificial. Isso fez com que os CIOs, ao menos os mais espertos, tivessem pressa em construir estratégias e planos de investimento que envolvesse a tecnologia em suas empresas.
A inovação toma uma dimensão de crescimento e evolução surpreendente, o que para muitos é difícil acompanhar. Quem melhor que os CIOs para educar o CEO e a diretoria da empresa sobre todas essas mudanças e os recentes desenvolvimentos em inteligência artificial, traduzindo para eles como a IA pode (e vai) influenciar seus negócios e o cenário competitivo.
Criar sistemas que aprendem, se adaptam e agem potencialmente de forma autônoma será um dos principais campos de batalha para os fabricantes de tecnologia, até pelo menos 2020. A capacidade de utilizar a IA para melhorar a tomada de decisões, reinventar modelos e ecossistemas de negócio e melhorar a experiência do consumidor, segundo o Gartner, vai começar a compensar as iniciativas digitais até 2025.
#2 A IA ainda é um bebê
Não, você não está atrasado, mas em pouco tempo pode estar. Existem muitas tecnologias envolvendo IA, mas o mercado de soluções que usam essas ferramentas está apenas engatinhando. Isso mostra que mudanças rápidas em produtos e soluções vão surgir e os CIOs devem estar atentos a isso. A IA ainda é limitada, especialmente se não existem dados disponíveis ou se os dados são de má qualidade.
Um ano atrasado tecnologicamente pode ser a diferença entre a vida e a morte de uma empresa. Por isso, ao promover a inovação, os CIOs e seus pares de negócios precisam se unir para descobrir como usar melhor as tecnologias de IA.
Comprometer-se em promover experimentação na organização é uma forma de encorajar os funcionários a interagir com produtos de IA de baixo custo. Exemplos: Alexa, Cortana, um drone, uma tecnologia vestível e assim por diante. Mas pra quê?
Para não ficarem fora do mercado, os CIOs precisam construir conhecimento, experiência e habilidades em áreas líderes de avanço tecnológico. Ou seja, é preciso aprendizagem profunda, processamento de linguagem natural e visão computacional. Além de se atualizar em relação a:
- soluções em reconhecimento de voz;
- processamento de imagens;
- melhorias em processamento de big data e métodos de análise avançados, como aprendizado de máquina e aprendizado profundo.
#3 Soluções de IA e os negócios serão inseparáveis
Gartner explica que, embora a maioria das organizações não tenha o costume de se aventurar em usos vanguardistas, a inteligência artificial tende a desempenhar um papel fundamental em objetivos comerciais frequentemente citados pelos CEOs. São eles: melhor relacionamento com o cliente, aumento da vantagem competitiva e melhoria da eficiência.
Isso mostra que as empresas realmente terão que monitorar as soluções emergentes de IA, identificando as limitações nas tecnologias atuais. Somente assim poderão entender a complexidade das habilidades necessárias para preencher lacunas de desempenho.
#4 Inteligência artificial muda a forma de pensar os problemas
A IA muda não apenas a forma de pensar os problemas da organização, mas também exige novas habilidades dos CIOs. Por isso, a quarta percepção mostra como as condições de mercado para o sucesso comercial com a inteligência artificial estão bem alinhadas. Isso torna a tecnologia segura o suficiente para que os CIOs investiguem, experimentem e elaborem estratégias sobre potenciais domínios de aplicação.
Cabe aos CIOs garantir que as áreas de TI possuam a estratégia e a governança das soluções. Avanços recentes em aprendizado de máquina, big data, visão computacional e reconhecimento de voz aumentam o potencial comercial da IA. No entanto, a inteligência artificial exige novas habilidades e uma nova maneira de pensar sobre os problemas.
Um estudo da Infosys, feito com empresas e tomadores de decisão em TI, revela que 60% delas estão reforçando sua estrutura de tecnologia e que praticamente metade busca parceiros para apoiarem nessa estratégia. A concorrência está acirrada, mas quem está preparado com certeza sai na frente.
Seu CIO está preparado para essa revolução? Conta pra gente nos comentários.
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