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Governança de dados: como criar uma estratégia efetiva de big data

Larissa Paes
Artigo por
Larissa Paes
Publicado em
11/04/17

Na era marcada pela abundância de informação, um dos grandes desafios enfrentados pelas médias e grandes empresas passa justamente pela complexidade de lidar com os dados, recurso esse considerado vital e ao mesmo tempo crítico pelos gestores. Considerados quase como ativos organizacionais, os dados ganharam posição de destaque dentro do contexto corporativo e hoje são essenciais para os negócios que desejam tomar decisões conscientes, com base em informações sólidas e sem suposições.

Esse aumento exponencial na geração de dados, tratado como Big Data, gerou consequências e passou a promover reflexões importantes sobre o assunto no mercado. Em tempos de avanços constantes da tecnologia, conseguir observar, gerenciar e analisar esse conjunto de ocorrências passou a ser considerado como algo necessário pelas organizações que desejam conquistar vantagens competitivas. Assim, a disseminação de soluções de Big Data é um movimento que traz à tona discussões que giram em torno de pontos cruciais relacionados ao assunto, como captura e tratamento de dados, além da segurança da informação, considerada uma questão delicada e que precisa ser tratada com o máximo de cuidado possível.

Governança de dados e Big Data

Encarada como uma área pequena dentro das empresas, a Governança de Dados passou a ganhar maior representatividade nos negócios com o avanço da mobilidade e também das soluções de Big Data. Responsável por representar o exercício de autoridade e controle de estratégias, políticas, papéis e atividades ligadas aos ativos de dados dos negócios, a Governança não recebia tantos investimentos porque era entendida como uma iniciativa que necessitava de muito esforço e dedicação antes de gerar algum tipo de valor para a empresa.

Mas em virtude das mudanças observadas no cenário da tecnologia, a falta de Governança de Dados já é apontada como uma das principais causas dos efeitos negativos dentro das corporações.  De acordo com um levantamento realizado pela Hewlett-Packard Company (HP), 31% das empresas entrevistadas consideram que a perda de dados já representa uma das principais causas de problemas com auditores e órgãos reguladores. Além disso, a pesquisa mostrou que o mal gerenciamento de dados também leva ao aumento dos custos de manutenção de documentos desnecessários, uma vez que cada gigabyte de informação armazenada pode chegar a US$25, segundo a HP.

Além dos aspectos relacionados à perda e ao gerenciamento de dados, a Governança também é importante dentro de uma estratégia efetiva de Big Data porque consegue alavancar informações úteis para os negócios por meio de ferramentas analíticas e inteligência de dados. Em consequência do aumento do volume e da velocidade com que as ocorrências são geradas, ter um método eficaz de análise, promovido pela Governança, pode fazer com que os dados corporativos gerem realmente valor ao negócio. Sendo assim, esse é um dos grandes desafios que os gestores têm hoje: conseguir implementar uma Governança que cumpra de verdade o seu papel dentro da organização, de modo que a estratégia de Big Data consiga ser colocada em prática em toda a sua totalidade e alcance os resultados esperados.

Trabalhando na implementação da Governança de Dados

A falta de integração entre todos os departamentos em uma estratégia que aborde toda a organização é um dos principais motivos de falhas nos projetos com Big Data dentro das empresas. Além disso, falhas na agilidade, segurança e qualidade dos dados, geram problemas na estratégia de Big Data, e a falta de cultura de dados na organização, que trabalhe com os colaboradores a consciência da importância dos dados, também impede a implementação de uma Governança de Dados eficaz. Confira a seguir algumas considerações importantes que podem ajudar a evitar que esses problemas e o que é possível fazer no processo de criação de uma estratégia focada na administração de dados.

Engajamento

Promover o engajamento entre todas as áreas da empresa é fundamental para que a iniciativa de Governança de Dados seja colocada em prática. Padronizar tecnologias, promover revisões sistemáticas e designar administradores de dados são algumas das ações que podem ser implementadas a fim de atingir as metas estabelecidas. Além disso, incentivar o comprometimento e traçar responsabilidades para cada equipe de trabalho também auxilia no engajamento em torno desse tipo de projeto.

  1. Proximidade entre TI e Negócios

As áreas de TI e Negócios precisam ter um canal exclusivo de comunicação e uma política de colaboração mútua para garantir que todas as demandas sejam cumpridas. Isso quer dizer que a área de negócios precisa ser transparente quanto às suas necessidades e a TI deve se mostrar mais flexível em relação às demandas recebidas, sem a criação de tantas barreiras de planejamento e execução. Assim, a responsabilidade da TI está centrada em oferecer uma estrutura adequada em termos de armazenamento, processamento, coleta e integração de dados e do ponto de vista de negócios é preciso que se tenha condições para saber capturar e utilizar os dados colocando-os de uma maneira que seja possível entender o histórico e os indicadores de performance (passado) e a partir daí conseguir localizar padrões que apoiem o processo de tomada de decisões da organização como um todo (presente e futuro).

  1. Comece com pequenos passos

Implementar uma Governança de Dados eficaz requer tempo e dedicação, por isso o ideal é começar dando pequenos passos. Assim, identificar as necessidades inerentes ao negócio e estabelecer um processo de identificação de lacunas. que dê prioridade para aplicações menos complexas e dados mais importantes. é uma ótima maneira de traçar esse caminho sem dar margens para erros.

  1. Estratégias a longo prazo

Como mencionado anteriormente, a verdadeira Governança é colocada em prática ao longo do tempo, o que quer dizer que focar em estratégias de curto prazo pode trazer uma visão míope dos resultados alcançados. Sendo assim, investir em uma estratégia de longo prazo e que leve em conta uma abordagem de crescimento e mudanças, é a melhor maneira de conquistar os resultados esperados com essa implementação. Além disso, escolher ferramentas escaláveis, que garantam velocidade de acesso e a reutilização é uma medida essencial para que esse trabalho a longo prazo gere os efeitos esperados.

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