Já faz um tempo que a automação ditou novos rumos para as indústrias. Se naquela época, permitir que maquinários fizessem atividades automáticas e sem intervenção humana foi um avanço e tanto, imagine agora que se fala sobre a hiperautomação?
E pode ficar tranquilo, esse não é o fim do trabalho humano. A escuta ativa, percepção social, sentimentos, resolução de problemas complexos e relacionamentos ainda são fundamentais em qualquer empresa.
Mas então, o que é exatamente hiperautomação? Quais os benefícios e seus principais elementos? Continue a leitura e saiba mais!
O que é hiperautomação?
Hiperautomação é uma abordagem que surge como tendência para tornar o modelo de negócio mais ágil. Essa abordagem engloba métodos e ferramentas desde o início dos processos, passando por design, análise, métricas, monitoramento e reavaliação, se necessário.
Aliás, o próprio nome já diz a que veio: hiper dá a ideia de um alto grau de alguma coisa. Ou seja, a automação que conhecemos, potencializada e com melhorias que transformarão os negócios.
Essa ampliação da automação de processos organizacionais como fluxos de trabalho e cadeias produtivas será feita por meio da aplicação de ferramentas de Machine Learning (ML), Inteligência Artificial (IA) e Robotic Process Automation (RPA).
Dessa forma, a hiperautomação permitirá que qualquer tarefa repetitiva seja automatizada e criará bots que as execute. Por isso, essa abordagem é peça fundamental na transformação digital, pois tira a intervenção humana de processos de baixo valor ao mesmo tempo em que fornece dados de inteligência empresarial.
Hiperautomação x automação inteligente de processos
A automação inteligente já surgiu como um processo transformador para os negócios, ao utilizar a automação junto com inteligência artificial.
O objetivo é de potencializar o crescimento de uma organização considerando todos os seus setores, gerando resultados como:
- maior controle de dados, além de análise mais rápida e correta;
- aumento da produção;
- mais agilidade em processos internos;
- diminuição de custos;
- maior retorno financeiro etc.
Além disso, outro ponto em que se busca resultados cada vez melhores é na experiência do cliente. Inclusive, temos vários exemplos, como os canais Omnichannel, usados para melhorar esse aspecto.
Essa abordagem de automação inteligente faz uso de bots de atendimento, considerando a humanização do processo, uma vez que manter o atendimento humanizado é um dos objetivos das empresas.
Dessa forma, a hiperautomação é a automação inteligente melhorada. Elas não são coisas distintas, mas sim, para facilitar o entendimento, um upgrade. Entende?
Todos os processos que a automação inteligente já melhora com suas ferramentas e metodologias, a hiperautomação vai torná-los ainda melhores.
A hiperautomação é uma tendência tecnológica que estará presente na próxima década. Ela automatizará qualquer processo empresarial utilizando a combinação de seus principais componentes: RPA, ML e IA.
Quais são os benefícios da hiperautomação?
Já vimos que a hiperautomação é capaz de ajudar uma marca a impulsionar sua produção e, consequentemente, seus resultados, certo? Esses são ótimos benefícios, mas conheça mais alguns:
1- Potencializar a escalabilidade
Antes da hiperautomação, já falávamos e conseguíamos escalar negócios. Imagine então com processos ainda mais otimizados, capazes de melhorar pequenas tarefas diariamente, permitindo um crescimento super inteligente, que resultados vamos obter!
Podemos pensar em inúmeras possibilidades, considerando que grande parte das atividades dos negócios já conseguem se autoguiar.
2- Direcionar a atenção para atividades humanas
Com a automação ampliada, a força de trabalho pode ser direcionada para as atividades que envolvam criatividade, planejamento e o poder de imaginar e orientar o futuro.
3- Analisar cenários com dados
Sabemos que os dados guiam todas as decisões de uma organização, não é mesmo? Nesse caso, empresas precisam deles para descobrir por qual caminho seguir e para tomar decisões.
Com a hiperautomação, o trabalho com dados acontece de ponta a ponta desde a estruturação do data warehouse até a análise em dashboards.
4- Conseguir produtividade sem limites
Com a hiperautomação, todo o potencial produtivo da empresa pode ser explorado. O resultado é a garantia do máximo de eficiência nas tarefas e processos internos.
5- Projetar negócios para o futuro
Começar a investir em hiperautomação e integrar as tecnologias é uma forma para se projetar no futuro e estar na vanguarda de seu mercado.
Quando outras empresas que não se preocupam com isso começarem a abrir os olhos, quem investiu em hiperautomação já terá atingido um nível alto de maturidade e estará colhendo seus resultados.
6- Permitir a integração de tecnologias disruptivas
A integração do RPA, ML e IA, dentre outras tecnologias disruptivas, na rotina das empresas fará com que os processos de negócio sejam executados de forma mais eficiente e rápida, reduzindo a chance de erros.
7- Promover o bem-estar dos colaboradores
Os colaboradores também saem ganhando com a chegada da hiperautomação. Um ambiente de trabalho inteligente certamente melhorará a satisfação das equipes de trabalho.
Isso porque o tempo do colaborador não precisará mais ser investido em atividades repetitivas e sim em atividades inovadoras e criativas, o que aumenta a produtividade assim como a competitividade — e isso para os negócios é excelente!
8- Tomar decisões de forma mais eficaz
Com informações extraídas dos dados por tecnologias como Big Data e IA, a tomada de decisão ficará, além de mais fácil, mais eficaz.
Isso facilitará bastante para gestores, diretores e CIOs, que precisam estar afiados para os desafios que as novidades em TI estão gerando.
9- Reduzir custos operacionais
O grande desafio das empresas é reduzir seus custos. Com a hiperautomação, segundo informações da Gartner, até 2024, a redução de custos será reduzida em até 30%.
Como a hiperautomação funciona?
De acordo com a Gartner, é formado um núcleo da RPA enriquecida pelo ML e pela IA, que torna possível a tecnologia denominada “hiperautomação”.
Essas tecnologias combinadas possibilitam a integração do poder e da flexibilidade da automação em processos nos quais antes não era possível.
Assim, o que não era automatizado agora pode ser, de forma que atividades corriqueiras e repetitivas sejam realizadas pela automação e os esforços dos colaboradores sejam direcionados para tarefas como interpretação de dados, aplicação do pensamento crítico e tomadas de decisão.
Em relação às plataformas de hiperautomação, há diversas. Elas podem, inclusive, serem implementadas em tecnologias que já existem nas organizações.
Além da RPA, a principal plataforma da hiperautomação, há outras que podem ser utilizadas, como:
- iBPMS – intelligent business process management suites (suítes inteligentes de gerenciamentos de processos);
- iPaaS – integration platforms as a service (plataformas de integração como serviço);
- motores de busca de informações.
Outra possibilidade é a criação do gêmeo digital de uma organização, o DTO (digital twin organization). Esse gêmeo digital é um elemento bastante utilizado pela Indústria 4.0, trata-se de uma representação virtual de um fluxo de trabalho que permite a simulação da interação entre os processos com a finalidade de ver onde eles geram valor em tempo real.
Quais são os principais elementos da hiperautomação?
Como vimos até então, a hiperautomação não é baseada em apenas um elemento. Veja as citadas e outras que também integram a aboradagem:
1- Robotic Process Automation
Robotic Process Automation é a automação de processos robóticos. Esse elemento permite que se configure um software cuja finalidade é facilitar a utilização de robôs para a realização de processos estruturados e repetitivos em sistemas digitais.
2- Machine Learning
Machine Learning, ou o aprendizado de máquina, é a tecnologia que faz com que computadores aprendam a realizar tarefas consideradas complexas sozinhos, sem que seja preciso que um humano os programe. Isso acontece por meio de algoritmos criados para essa finalidade.
3- Inteligência Artificial na hiperautomação
A simulação do pensamento lógico humano é o principal objetivo da inteligência artificial. Seu propósito é que as máquinas sejam capazes de resolver problemas e tomar decisões como pessoas — ou o mais próximo disso.
4- Big Data
O Big Data lida com grandes quantidades de dados. Essa é a tecnologia que permite que esses dados sejam armazenados, analisados e gerenciados.
O objetivo é que, com base nesses dados, sejam identificados padrões e criadas soluções certeiras e adequadas.
5- Cobots na hiperautomação
Apesar do nome diferente e que talvez você ainda não tenha ouvido, esses robôs já fazem parte do dia a dia de algumas indústrias.
Os cobots representam a robótica colaborativa, ou seja, que compartilham tarefas com humanos, promovendo revolução e inovação nos processos produtivos.
6- Chatbots
Sistemas baseados em inteligência artificial, machine learning e processamento de linguagem natural (PLN), os chatbots são capazes de manter uma conversa em tempo real com um usuário, por texto ou voz.
Preparado para hiperautomatizar?
É muita informação para processar? Bem, tem muita novidade no mundo digital e tecnológico — a Quarta Revolução Industrial está apenas começando!
Dessa forma, conhecer o conceito de hiperautomação, os benefícios, como é feita e seus principais elementos já é um começo. E, conforme já dissemos, é preciso estar atento a tudo e acompanhar as mudanças.
Ficar estagnado apenas observando não vai levar seu negócio na jornada que você deseja, de sucesso e boa rentabilidade. Comece a se preparar agora, não deixe para correr atrás do prejuízo lá na frente — isso deixa tudo mais difícil.