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6 motivos para manter investimentos em negócios brasileiros

Larissa Paes
Artigo por
Larissa Paes
Publicado em
11/05/17

Alguns sinais têm mostrado que o Brasil está se reerguendo e que há motivos para investir em projetos no setor de TIC. Apesar da recessão vivida em 2016, o país continua sendo uma importante economia mundial, sendo um dos maiores mercados do mundo nesse setor, segundo estudos da IDC. Os investimentos com TI no Brasil cresceram 9,2% em 2015, quase o dobro em relação à média mundial de 5,6%, de acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES), em parceria com a IDC. A intensa busca pela transformação digital é um fator que também deve impulsionar investimentos das empresas em 2017. Além disso, analistas do mercado financeiro têm sido otimistas quanto ao crescimento do PIB brasileiro e à queda da inflação neste ano.

Sendo assim, elencamos 6 motivos para manter os investimentos em negócios brasileiros. Uma espécie de estímulo para que sua empresa retome os projetos pausados e dê força para que saiam do papel, sem medo de projeções pessimistas.

1. Elevação da estimativa de crescimento do PIB

Especialistas indicam que a economia brasileira tem caminhado para a estabilidade. O Produto Interno Bruto (PIB) é uma das maneiras de medir o comportamento da economia e tem mostrado sinais positivos. No início de maio, o mercado financeiro elevou a estimativa de crescimento do PIB de 2017 de 0,43% para 0,46%. A previsão é otimista, considerando que o país viveu a pior recessão de sua história em 2016, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para 2018, os economistas das instituições financeiras são ainda mais otimistas, estimando a expansão do PIB em 2,50%.

2. Expectativa de inflação abaixo da meta central

A inflação, como instrumento macroeconômico basilar para a análise de investimentos por agentes econômicos, é outro motivo considerável para voltar a confiar no país. Para o comportamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador em 2017 tem diminuído paulatinamente, levando a crer que ficará abaixo da meta central, que é de 4,5%, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O Banco Central (BC), por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus, divulgou em maio as expectativas, que baixaram de 4,04% para 4,03%, sendo a 8ª redução.

Para se ter uma ideia, a meta central inflacionária não é atingida no Brasil desde 2009. Isso porque o país ainda sofria com os impactos da crise financeira internacional. Portanto, essa queda recorrente da inflação evidencia aos investidores brasileiros que as expectativas são positivas.

3. Brasil em 1º lugar no ranking de investimento de TI na América Latina

O Brasil lidera o ranking de investimento no setor de TI na América Latina, de acordo com um estudo realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) em parceria com a IDC. O país ocupa o 1º lugar, com 45% dos investimentos da região, somando US$ 59,9 bilhões, seguido por México (20%) e Colômbia (8%). Ao todo, a região latino-americana somou US$ 133 bilhões em 2015.

Em nível mundial, o mercado de investimentos em software e serviços totalizou US$ 1,124 trilhão. O Brasil ocupou a 8ª posição, com US$ 27 bilhões, antecedido por Canadá (US$ 32 bi), China (US$ 34 bi), França (US$ 48 bi), Alemanha (US$ 67 bi), Japão (US$ 77 bi), Reino Unido (US$ 83 bi) e Estados Unidos (US$ 470 bi).

4. Crescimento de projetos para o mercado de TIC

De acordo com a IDC Brasil, 2017 tem como expectativas a retomada de projetos e o crescimento de cerca de 2,5% para o mercado de TIC, em relação a 2016. Denis Arcieri, diretor geral da IDC Brasil, considera que este é o momento de retomar projetos, com um cenário mais previsível no âmbito político e, principalmente, no contexto econômico. “Não há mais espaço para postergar projetos de transformação e inovação e mais de 6% dos CIOs pretendem investir para melhorar a estratégia de entrega multicanais em 2017”, diz ele.

5. Amadurecimento do mercado de Cloud

Outra razão para que investidores voltem os olhos para o Brasil neste momento é o amadurecimento do mercado de Cloud, até pouco tempo visto apenas como tendência. A IDC Brasil indica um crescimento de 20% do mercado de Cloud Pública em 2017, atingindo US$ 890 milhões. Essa ampliação deve-se ao fato de muitas empresas conhecerem os benefícios da nuvem, percebendo a evolução em relação à segurança, que era o principal empecilho para a implantação. Vantagens como agilidade na entrega de soluções e redução de custos certamente levarão as empresas a investirem em Cloud.

6. Crescimento da Internet das Coisas

Segundo a consultoria IDC, uma das grandes tendências para 2017 é a Internet das Coisas (Internet of Things – IoT, em inglês). Estima-se que, no Brasil, o ecossistema de IoT dobre de tamanho até o final da década, movimentando US$ 13 bilhões. As expectativas ainda consideram que uma política pública e de incentivos do BNDES devem impulsionar esse crescimento no segundo semestre de 2017.

O avanço do IoT estará ligado ao uso de Analytics e de Cloud, fundamentais para transformar dados em valor para os negócios. De acordo com a IDC, até 2019, cerca de 43% dos dados de IoT serão tratados na nuvem.

De acordo com a 28ª Pesquisa Anual do Uso de TI nas Empresas da FGV, divulgada no último mês de abril, os investimentos em TI não foram reduzidos com a turbulência da economia e da política no Brasil em 2016, quando a TI foi responsável por 8% do PIB do Brasil. Para 2017, a previsão é de que o índice se mantenha.

A pesquisa ainda indicou que os bancos são os que mais investem em Tecnologia da Informação, com 14% da receita. O custo anual em tecnologia por funcionário chegou a R$ 86 mil. O segmento de serviços investiu 11% da receita em TI; na indústria, a média de investimentos e gastos é de 4,5%; no comércio, o valor fica em 3,5%.

O estudo da FGV alerta que, para cada 1% a mais de gasto e investimento em TI, depois de dois anos, o lucro das companhias aumenta 7%. E essa proporção segue válida em 2017. Para o professor responsável pela pesquisa, Fernando Meirelles, TI é o diferencial, principalmente em tempos de ruptura como a que está sendo provocada pelos smartphones. Portanto, é hora de investir.

E, então, mais otimista com esses dados? Compartilhe suas impressões conosco nos comentários.

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